sexta-feira, 13 de junho de 2008

Desafio #9

Desfile baralha trânsito e seduz turistas

Avenida.
Circulação automóvel sofreu vários desvios e visitantes estrangeiros enchiam avenida

"Very typical" diziam, embevecidas, jovens turistas, olhando para os marchantes que desfilavam pela Avenida da Liberdade abaixo. Muitos turistas assistiam à festa lisboeta, que se destaca nos roteiros para visitantes estrangeiros. Pelas 20.30 de ontem, grupos de turistas saíam de hotéis da zona do Marquês de Pombal em direcção à avenida para assistir ao tão anunciado desfile.

De fazer parar o trânsito também foram as marchas, que complicaram a circulação automóvel no centro da cidade. Pelas 20.00, quando era suposto o trânsito já estar calmo, porque a maior parte das pessoas já teria partido para o fim-de-semana prolongado, ainda se registava grande confusão na zona envolvente ao Marquês de Pombal, Restauradores e Rossio, porque o tráfego rodoviário tinha sido cortado na Avenida da Liberdade.

Pelas 21.00, a situação ainda se complicou mais, porque foi vedado ao trânsito o acesso da Avenida Duque de Loulé à Rua Camilo Castelo Branco, obrigando os condutores a subir em direcção ao Liceu Camões, na Praça José Fontana.

A essa hora, ainda ao lusco-fusco, começou a actuação da banda do Hot Club, abrindo o desfile na avenida com ritmos de jazz, um género que até agora nunca se tinha misturado com as marchas populares.

Seguiu-se a marcha infantil da Voz do Operário, com miudinhas de blusas verdes e saias rosa, algumas a conduzir triciclos com geladeiras. Porque ganhavam muita velocidade com a inclinação da avenida, pedalavam e tinham de ir travando para não atropelarem os outros pequenos marchantes que seguiam a pé à sua frente.

Com um triciclo de gelados, mas este já em tamanho grande, Arminda tentava fazer mais negócio que o habitual na esquina da Avenida da Liberdade com a Duque de Loulé. "Só costumo estar aqui a vender durante o dia, mas vou ficar até mais tarde a ver o que isto dá", revelou esta comerciante ao DN, adiantando que "passam aqui muitos turistas estrangeiros, mas não compram nada. Parece que já jantaram e devem ter comido sobremesa e tudo..."

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